2010-07-18



NELSON MANDELA – O HOMEM !

Entre os inúmeros adjectivos elogiosos que têm surgido a propósito de Nelson Mandela – o homem que hoje se homenageia por iniciativa das Nações Unidas – há, infelizmente, muitos lugares-comuns. Como aquele de Durão Barroso:- Nelson Mandela é um líder muito carismático.

Uma pequena evidência. Carismático? Mandela não apenas mudou um país. Conseguiu (re) construí-lo sobre os escombros de um regime controverso, polémico, desumano. E fê-lo com um grande coração e com uma mente aberta e visionária. Mandela soube perdoar sem perder a firmeza dos grandes líderes. E não conseguiu apenas um Estado – democrático e de direito – está também a ganhar uma Nação.

Que os seus “ensinamentos” perdurem. Para bem da estabilidade africana e mundial.






2010-07-12

GRANDE ! IMENSO !


LANCE ARMSTRONG !

Ao contrário do árbitro inglês que apitou a final do mundial na África do Sul... Deus coloca entre nós almas de uma grandeza insuperável.

Cai - levanta-se; fura - troca; volta a cair uma e outra vez... levanta-se de novo e dá ânimo aos seus companheiros de equipa. O descanso justo desta segunda-feira não vai chegar. Mas ele vai ficar para lutar.

Será uma lenda do Tour. A maior certamente !

O CICLISTA... O HOMEM !

2010-07-11

MAIS UMA VERGONHA !


POR ISTO... É QUE NÃO VALE A PENA "ACREDITAR" NAS FIFAS E NAS UEFAS !

O FUTEBOL A ESTE NÍVEL É UM PURO EMBUSTE !


VALHAM-NOS OS DISTRITAIS EM PORTUGAL E NO BURKINA FASSO !

Só compreendo a realização desta final do mundial de futebol, na medida em que foi preparada para receber e dar uma alegria a Nelson Mandela.

Pelo futebol nas quatro linhas - mais valia ter dado logo a taça aos jogadores espanhóis.

E já que eles não marcavam... foi preciso a intervenção do árbitro ! Já que não vai contra 11, então vai contra dez !
Critério ?
Não foi mais evidente a "placagem" de Puijol a Robben ? Falta sobre Iniesta ? Grande simulação! Bastou sentir o leve toque de uma mãozinha....
Feliz pela realização de um Campeonato do Mundo em África - mas cada vez menos crente no futebol ( negócio ) de alto rendimento. Rende... mas só para alguns ! Blatter, Platini e outros que tais.

Já parece a novela da Telefónica... Depois da Itália, atacar em Portugal.
E a Média Capital e o RCP ? E a Agência de Viagens Marsans ?

Vai uma aposta sobre o que se vai passar em Portugal, nesta época que se vai iniciar ?
Basta ficar atentos ao sr. Vitor Pereira e ao impulso que foi dado a Benquerença na África do Sul.

O golo ilegal frente a Portugal... e hoje, mais uma vez, o campo acentuadamente inclinado !

A favor do "Barcelona" !

2010-07-10

A PROPÓSITO DE UMA EFEMÉRIDE !



SAUDOSISMO É SAUDADE, SAUDOSO, NOSTÁLGICO... NÃO HÁ UM QUARTO (E PEJORATIVO) SIGNIFICADO !

Mas 35 anos depois das independências das ex-colónias portuguesas em África - ainda há quem veja nas "saudades" uma atitude negativa e a merecer reprovação. Aconteceu há dias num programa da TVI.

Rebaixar a saudade, atribuir-lhe uma conotação fora de tempo pode querer significar, por um lado, um exacerbado narcisismo moral e, por outro, uma total incapacidade para perceber que as raízes estão - sobretudo - na terra onde crescemos.

E como eu digo no meu último livro "Seios Ilhéus" .,.. quem cresceu numa ilha, amou e ama mais profundamente !

S. Tomé (e Príncipe), que adquiriu o estatuto de país independente a 12 de Julho de 1975, marcou sobremaneira a minha condição de ser humano. Com defeitos e virtudes, como em qualquer outro lugar do planeta, mas com um horizonte de sonhos só igualável pela grandeza do Oceano.

Ali cheguei em 1953, com apenas 3 anos de idade! Outros para lá viajaram já homens feitos, à procura de um serviço militar mais tranquilo nos anos de mil novecentos e sessenta ou setenta.

Só pode ser saudoso de S. Tomé e Príncipe, quem viu crescer as casas e abrir ruas, quem respirou o fumo dos químicos que erradicaram o paludismo em finais dos anos de 1950, quem brincou à chuva nos caminhos de barro, quem "tocava" o arco só em calças de pijama entre o bairro da Conceição e a Escola Vaz Monteiro, quem se aventurava no canavial da Ponta Mina, quem comia caroço e jogava à bola no Parque do Sô Secreta.

Só pode ser saudoso de S. Tomé e Príncipe, quem apanhava a manga atirando pedras à árvore ou colhia o úntué na beira do caminho, quem via acordar a Cafendeia no jardim do início do Bairro de S.João - na sua injusta e penosa errância pela típica cidade colonial.
Não se é "saudosista" (na tal enganosa significância dos falsos moralistas) pelo facto de chorar as memórias dos bancos da Escola e do Liceu, pelo facto de lembrar a pesca do charoco na foz do Água Grande que divide a cidade.
Tem o direito de ser saudoso quem aprendeu a nadar nas águas da Baía de Ana de Chaves ou no pontão da Praia Maria Emília, tem o direito de ser saudoso quem recorda as primeiras aventuras "amorosas" escritas em papelinhos enrugados e enviados de carteira em carteira até ao destinatário da infantil paixoneta.

Perceba-se, compreenda-se, assuma-se, critique-se a História. Mas não nos coloquemos fora do passado. Todos somos livres de não sentir saudades. Mas não se rejeite a legitimidade da saudade dos outros. E, sobretudo - não se espalmem rótulos !

PARA QUEM NÃO LEU... fica esta pequena crónica da "viagem" !

APENAS UM PEDACINHO DE HISTÓRIA DE UM PEQUENO PARAÍSO...

E DEPOIS... HÁ SEMPRE
Há cinco anos publiquei este livro - Escravos do Paraíso - tendo consciência de que 30 anos é apenas uma gota de vida num Estado-nação. Mais cinco anos acrescenta muito pouco. Mas quem ler perceberá melhor as dificuldades de construir um país - sobretudo em quadros políticos internacionais completamente divergentes. O que não retira responsabilidade aos agentes políticos nacionais.


ENTRE 2005 E 2010, TIVE A OPORTUNIDADE DE AMADURECER MAIS ALGUMAS IDEIAS. MAS DEI-LHES A FORMA DE POEMA. A INTIMIDADE DA MINHA SAUDADE, ALGUMAS DESILUSÕES - MAS SOBRETUDO A TRANSPARÊNCIA DAS MINHAS EMOÇÕES E DOS MEUS AFECTOS.

POR ISSO... LHES CHAMEI "SEIOS ILHÉUS":


DESTE ÚLTIMO LIVRO, DISSERAM POR EXEMPLO:

O meu camarada jornalista Francisco José Oliveira - homem da Rádio em muitos anos de Angola:
"Desde logo, importa referir que a obra é profunda, telúrica, num apelo à terra que pariu inúmeras gerações, espalhadas durante séculos pela diáspora santomense. Ao mesmo tempo, transborda de sensualidade e de erotismo, porque o autor joga magistralmente com uma duplicidade de conceitos expressos por palavras homófonas e homógrafas mas que deixam ao imaginário de cada leitor a transição para a geografia do corpo de uma mulher e do corpo ubérrimo da terra".

E o meu conterrâneo Manuel Rodrigues Vaz - também jornalista e agora Editor - igualmente jornalista em alguns anos de Angola:
"Habituado que estava a encará-lo apenas como jornalista, não imaginava a força e o sabor dos seus poemas, cuja cadência ondulante a lembrar os ambientes quentes de África com toda a magia dos seus poentes inesquecíveis e o pulular das suas gentes cheias de cor e encanto nos prendem e cativam crescentemente".

POR HOJE BASTA ISTO... pois o objecto da crónica é a efeméride de 12 de Julho de 1975 - data da independência de S. Tomé e Príncipe, um país cuja economia o Fundo Monetário Internacional (FMI) vê hoje com alguma preocupação, tendo em conta a paridade da moeda com o Euro.


PALAVRAS DE PAIXÃO !



O FUTEBOL É PAIXÃO... E NÃO HÁ QUE TER MEDO DAS PALAVRAS !

Também com elas se constroem vitórias ! Escritas pelos adeptos - alguns, legal e devidamente organizados em grupos, as claques !

E o "COLECTIVO" já vence desde 1995, oficializado em 5 de Julho - embora a festa dos 15 anos aconteça hoje !

Parabéns pela dedicação chegaram de variadas formas.
Quero realçar, contudo, está página da edição mais recente da revista Dragões. É normal que os clubes agradeçam aos seus adeptos mais dedicados - são as claques que se movimentam de estádio em estádio e nem sempre em condições fáceis e dignas - e lhes prestem a homenagem merecida, mas não deixa de ser significativo o espaço reservado pela revista oficial portista.

E como dizia no título, não há que ter medo das palavras.
Expressam um sentimento profundo de paixão clubística, criatividade e humor quanto baste !
Como evidenciado nesta última foto, relativa ao Porto/Benfica da época passada.

Perdendo ou ganhando... as palavras marcam sempre !

Parabéns Colectivo 1995 !


E numa época de renovação que se anuncia... que a vossa criatividade permaneça !