2008-04-25

ATÉ SEMPRE !

NEM SEMPRE SOMOS CAPAZES DE CONTRARIAR AS "INJUSTIÇAS DA VIDA" !

Há dias foi o Manuel - Dias precisamente - que preferiu resguardar-se do tempo "quente e seco" que aí vem. Foi indo - com aviso prévio - preparar para os amigos um acolhedor espaço de tertúlia a que sempre habituou os camaradas de trabalho, da sua e de gerações mais novas. Sobre ele - o Manel das "pequenas coisinhas" - escreveu Jorge Massada um belo e sentido texto, no qual dizia que, "até prova em contrário, foi um dos mais brilhantes jornalistas que conheceu e, infelizmente, já não é possível provar o contrário". Acontece - tem acontecido - com muitos outros camaradas da chamada "geração da ética" e que, por circunstâncias várias, não atingiram a "projecção" do Manel.
Contudo, vale sempre a pena tentar dar algum significado às palavras. No "seu jornal" - O Primeiro de Janeiro - é certamente possível seleccionar vinte ou trinta dos milhares de excelentes textos que Manuel Dias foi produzindo ao longo da sua brilhante carreira. Compilá-los e transformá-los em livro, é uma sugestão que deixo à Direcção do Jornal. Devidamente enquadrados e explicados, para que as novas gerações de jornalistas saibam "perceber" e aceitar que é necessário mudar o "sistema" do mediatismo, da parolice, da fulanização, do vedetismo ! Com carácter, sobriedade, inteligência, cultura e sem subserviência. Com garra, mas sem precipitações. Seria bom, por exemplo, rever a "CALÚNIA" !

Hoje, 25 de Abril de 2008, no silêncio dos "cravos vermelhos" - que vão murchando com a aproximação do verão quente - fui despedir-me de outro camarada que as tais "injustiças da vida" resolveram conduzir ao "espaço de tertúlia" do Manel. ÁLVARO MACEDO só viu passar 57 calendários. Mas os milhares de fotos que "tirou", para oferecer as melhores aos leitores do DN e de O JOGO, por exemplo - certamente seriam suficientes para alguns álbuns de qualidade a propósito do tempo que já leva a nossa Democracia, depois de 1974. Conheci-o, como a muitos outros, na tarimba da "rua", colete cheio de rolos fotográficos, câmaras e objectivas ao pescoço, o saco a tiracolo. Nesse tempo de fotografar políticos, manifestações - um país em ebolição! Cada "clique" dos seus era um olhar diferente ! No mesmo espaço - procurar um ângulo novo para disparar o "flash"! O Álvaro era alto, sem ser altivo ! Tão alto como a camaradagem que essa geração foi construíndo.

Até sempre Manel e Álvaro ! Sei que vocês "vão andar por aí..." !


2008-04-07

AZIA - VÓMITOS E O DIA SEGUINTE !

O GRANDE DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA ( ainda fora do acordo ) da Porto Editora, diz que "AZIA" vem do Latim e quer dizer "sensação de azedume no estômago".

Aconteceu a muito boa gente no Sábado e no Domingo. A alguns políticos, mas - sobretudo - a muitos adeptos de futebol. Melhor dizendo, a muitos fanáticos, doentes de clubite aguda de alguns bairros ou freguesias de Lisboa.

De acordo com o mesmo DICIONÁRIO, essa tal sensação de azedume provoca o "VÓMITO" ( que também vem do Latim) e que significa, nomeadamente, expulsão súbita pela boca de matérias do estômago.

Pode ler-se também que "VOMITAR" - se traduz ainda por "dizer ou proferir injúrias ou obscenidades".

O que aconteceu a esses "alguns" - particularmente ao Sr. Luís F.Vieira - talvez se insira mais nesta última tradução, pois devemos ponderar ainda o significado de VÓMITO SECO :- contracção não peristáltica do estômago, que não chega a expulsar as matérias que contém !

Afectado ficou também o "terceiro" treinador Chalana que, apesar de tudo, conseguiu decorar uma ideia/frase : - estão a empurrar-nos p'ra baixo !

***** Por outro lado - no dos políticos - marcou-me profundamente o pouco tempo de antena disponibilizado pela Televisão Pública ( através do canal da RTPn) ao queixoso líder social-democrata Luís F. Menezes ( os dois primeiros nomes são apenas coincidência !) que foi à Madeira - ao Congresso do PSD local - perorar sobre a politiquice nacional. Durante treze minutos - 13 - sua excelência quase fez recordar o mais puro estilo terceiro-mundista do ex-líder cubano Fidel Castro. "El Comandante" que me perdoe. JORNALISMO ? - não ! Tempo de antena compensatório !
Não disse nada de novo (e as técnicas de propaganda ainda não foram completamente assimiladas - apesar da repetição exaustiva de "no dia seguinte") mas sempre conseguiram "apanhar" a ideia (?) de que é preciso uma nova Constituição. Um texto que tem sido elogiado por grandes figuras do Direito Internacional, que foi capaz de ultrapassar com sucesso os "momentos revolucionário, extraordinário e maquiavélico" do nosso PREC e que tem servido de "orientação" para outros textos constitucionais de alguns PALOP e dos novos países de Leste, não serve para tão grada figura do concelho do Senhor da Pedra. Mais um vómito seco e um rol de obscenidades deste fim de semana !